Os Educadores sociais do PETI são profissionais que desenvolvem relevantes serviços educacionais e não, apenas, assistenciais, inclusive realizando ações educativas preconizadas nas políticas sociais de fortalecimento das ações sócio-educativas e de convivência comunitária, que são fundamentais para eliminar o problema do trabalho infantil. O que se percebe é que nossos educadores sociais estão cumprindo com a missão de fortalecer as ações de combate ao trabalho e têm obtido êxitos, haja vista a redução do trabalho infantil em nossa região e, em contrapartida, está havendo a exploração da mais valia destes funcionários dedicados e comprometidos com a causa do PETI. Desta forma, necessário que governantes, comunidade em geral e demais segmentos sociais envidem todos os esforços necessários no sentido de buscar ações que valorizem estes profissionais que dedicam suas energias para melhorar a qualidade de vida de milhares de crianças que, se não forem bem cuidadas, poderão aumentar a quantidade de jovens e adolescentes que estão em situação de risco social e que, fatalmente, poderão aumentar a quantidade de jovens que estão sendo tragados pelos vícios das drogas e conseqüentemente aumentando a situação de violência e insegurança pública que estamos a vivenciar em nossa cidade. Desta forma, em 02 de dezembro de 2009, realizei manifestos destinados aos órgãos governamentais competentes (MDS, Governador Jacques Wagner e SEDES) realizando as seguintes denuncias e solicitações:
1) Denunciei o fato de os educadores do PETI, em nossa cidade, estarem sem receber seus salários há mais de três meses. Durante o ano de 2009, estes profissionais têm sofrido com os atrasos cometidos pela empresa ADESOL, empresa responsável pela coordenação do PETI em Valença e em outras regiões do Baixo Sul. Destaque-se que o Poder executivo, através da secretária de ação social – Jucelia Nascimento – e sua equipe, tem envidado todos os esforços necessários para solucionar esta questão; entretanto, a responsabilidade pelo pagamento aos educadores do PETI é do Estado. Importante ressaltar que a vereadora Maria Helena Cabral esteve acompanhando os monitores do PETI à Salvador em busca de solução para este grave problema.
2) Reivindiquei ESTABILIDADE NO EMPREGO desses profissionais, haja vista que há mais de sete anos os mesmos desenvolvem ações educativas e participaram de vários processos seletivos.
3) Reivindiquei que os Educadores sociais do PETI tenham direito a período de férias, haja vista que, além de questões legais, os mesmos desenvolvem atividades educacionais e merecem possuir os mesmos direitos que outros profissionais da área educacional.
4) Reivindiquei que estes profissionais tenham salário digno, no mínimo compatível com o salário dos professores.
Assim, a causa dos educadores do PETI é uma causa não somente deles, mas, de TODOS aqueles que compreendam que a luta para a erradicação do trabalho infantil depende de profissionais qualificados e comprometidos e, da forma como está, quero acreditar que o PETI poderá não alcançar seus objetivos, pois, queremos erradicar o trabalho infantil, mas, não podemos explorar o trabalho de homens e mulheres que estão a abraçar esta causa.
Tudo o que queremos é RESPEITO ao EDUCADOR do PETI, dando-lhes condições dignas de trabalho e a valorização que lhes está sendo negada.
Vereador Reginaldo Araújo
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